Linux agora suporta oficialmente silício Apple.
Bem, mais ou menos.
Veja, a versão mais recente do kernel Linux 6.2 é a primeira versão a ser lançada com uma grande parte do suporte da linha principal para dispositivos alimentados pelos chips Apple M1 Pro, M1 Max e M1 Ultra.
"Mainline" é um qualificador importante aqui, pois tem sido possível executar compilações personalizadas do kernel Linux no silício da Apple por um tempo, graças em grande parte aos esforços do projeto Asahi Linux.
Mas, embora este seja um primeiro passo notável, o suporte ao Apple Silicon no Linux continua sendo um trabalho em andamento.
Nem todos os dispositivos que usam chips da série M são suportados pelo Linux 6.2, e um conjunto considerável de recursos principais não têm nada além de suporte rudimentar, ou em alguns casos, como alto-falantes e touchpads, absolutamente nenhum suporte.
No entanto, essa chegada formal ao Linux principal é um marco significativo para o Linux no silício da Apple.
O fato de o Linux ser capaz de rodar no novo hardware da Apple é uma prova da adaptabilidade do kernel e da engenhosidade e talento dos desenvolvedores Linux e do projeto Asahi Linux.
Afinal, a Apple não oferece suporte direto, documenta ou fornece drivers para permitir que o sistema operacional alternativo seja executado em seu hardware. Todo esse esforço é posterior ao lançamento do hardware.
Quando o kernel carrega suporte diretamente, os usuários não precisarão (tecnicamente) usar o Asahi Linux para executar o Linux em computadores M1 no futuro.
No entanto, a realidade não é tão simples – ainda não.
Por enquanto, usar uma compilação Asahi Linux continua sendo a única maneira real de obter uma experiência Linux prática e utilizável no Applie Silicon. Mas essas melhorias estão sendo atualizadas e, com o tempo, beneficiarão todas as distribuições Linux.
Além disso, com o crescente suporte dos fabricantes de aplicativos para Linux no ARM em geral, e dicas de que algumas das principais distribuições Linux estão preparando compilações do Apple Silicon, a viabilidade do Linux nesses dispositivos só deve melhorar no próximo ano.
